“Requiem pelas árvores desaparecidas”

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Foi com grande desgosto que, ao percorrer a longa avenida de ligação entre a Corte e o Campo de Besteiros, que descobri as bases dos troncos decepados das árvores outrora frondosas que a ladeavam!

Que tristeza de morte! Que vazio de angústia! O que diria o Senhor Dr. Almiro, de luminosa memória, que ordenou a sua plantação para aliviar a soalheira que ali se suporta em verões caniculares, se cá voltasse?

Já não me lembro se eram plátanos, se tílias, se carvalhos, sei que não eram eucaliptos, essa praga nacional importada da Austrália! Sei que eram pulmões de oxigénio e vida naquele pedaço de caminho árido! Sei que eram árvores autóctones, nossas amigas! E constatei que a condenação à morte dos amigos é uma grande traição!

Quem não ama as árvores não é digno das dádivas da natureza e de Deus, autor da Criação para os crentes!

O poeta Mário Cesariny gostava de abraçar as árvores! Não é por acaso que o dia mundial da poesia, celebrado a 21 de Março, constitui também o dia mundial da árvore!

Abraçar árvores faz bem à saúde e foi oficialmente validado pela ciência.

É lamentável que o poder esteja nas mãos de gente tão ignorante como insensível!

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