Bloco lidera barómetro ambiental dos eurodeputados portugueses

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É lançado esta segunda-feira em Bruxelas o resultado do Barómetro Ambiental do Parlamento Europeu. A iniciativa é da BirdLife Europe, a Climate Action Network Europe, o European Environmental Bureau, a Transport & Environment e o Gabinete de Política Europeia da WWF, que analisaram o registo de votações no Parlamento Europeu nos últimos cinco anos e os classificaram com base no seu desempenho, tendo por base as recomendações de voto das cinco organizações ambientais europeias sobre 30 dossiers políticos, que incluem legislação  fundamental em matéria de clima, natureza e poluição.

Feitas as contas, a tabela pontua os partidos numa escala de 0 a 100 e divide~os em três categorias: os protetores, que votam medidas de ação urgente; os procrastinadores, com um registo de votações “inconsistente” nesta matéria; e os pensadores pré-históricos, que continuam em negação face à crise climática.

O resultado final mostra que existem nuances no interior de cada grupo político e que, à exceção da extrema-direita, é possível encontrar protetores em todos os grupos. Numa análise geral por grupo político, Verdes (92/100), Esquerda (84/100) e Socialistas (70/100) ficam no grupo dos protetores, O Renovar a Europa (56/100) no dos procrastinadores, e o grupo dos pensadores pré-históricos é composto pelo Partido Popular Europeu (25/100), Conservadores e Reformistas Europeus (10/100) e Identidade e Democracia (6/100).

No que diz respeito aos resultados por partido português, é o Bloco de Esquerda que lidera a tabela com 91 pontos, seguido do PS com 79, ambos no grupo dos protetores. Os eurodeputados do PCP, com 67 pontos, estão no grupo dos procrastinadores. À direita, PSD (27) e CDS (20) estão no grupo dos pensadores pré-históricos.

Este resultado não foi uma surpresa para o eurodeputado bloquista José Gusmão, pois “há muito que o Bloco fez do combate às alterações climáticas o centro da sua política económica e estratégia de desenvolvimento”.

“A justiça climática é o melhor roteiro para atacar os problemas estruturais da nossa economia, as desigualdades sociais e os nossos fatores de dependência externa. Uma política consequente para responder à emergência climática vai criar milhares de emprego e fortalecer serviços públicos”, sublinhou o eurodeputado em declarações ao Esquerda.net.

“Nas próximas eleições europeias, os cidadãos de toda a Europa têm uma oportunidade crucial de orientar o nosso continente para um futuro que dê prioridade à saúde, seja livre de substâncias tóxicas e enfrente o desafio urgente da crise de poluição que enfrentamos. O Barómetro do Parlamento Europeu ajudará a descobrir quais os partidos políticos que defendem o Pacto Ecológico e dão prioridade ao bem-estar das pessoas e do planeta. É crucial que elejamos representantes empenhados em tomar medidas corajosas para uma Europa mais limpa e mais saudável para todos”, afirmou. Faustine Bas–Defossez, Diretora para a Natureza, a Saúde e o Ambiente do European Environmental Bureau.

Para William Todts, Diretor Executivo da Transport & Environment, “os resultados das eleições mostram que alguns partidos foram menos virados para o futuro, votando para manter artificialmente vivos os transportes e a energia sujos e poluentes. As eleições de junho vão determinar quem vai mandar na Europa até 2029. Não podemos dar o progresso por garantido”.

Artigo Esquerda.net

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