ICNF: “incúria” deita “literalmente” para o lixo décadas de arquivo

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As novas instalações do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas I.P (ICNF) não oferecem condições dignas para albergar todo o arquivo do Instituto, nem para a maioria dos trabalhadores, levando a que o acervo esteja a ser colocado no lixo e a que muitos trabalhadores estejam a solicitar a reforma antecipada ou mobilidade para outros serviços.

O Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil (SinFAP) repudia a forma como ICNF está a conduzir o processo de mudanças para o antigo edifício do Ministério do Mar em Algés.

Em comunicado, o SinFAP denuncia o “processo dúbio e de tramitação pouco linear em relação à mudança de instalações.”

Denúncia a forma “incuriosa” de deitar “literalmente” para o lixo décadas de arquivo recolhido pelo Instituto, o que “representa uma perda irreparável e com uma dimensão histórica para vida do instituto e dos seus trabalhadores, que infelizmente perpetuará.”

Critica o facto de as novas instalações terem sido pensadas para beneficiar o Conselho Diretivo, que terá melhores áreas de trabalho, “em detrimento dos locais de trabalho para os trabalhadores afetos à sede nacional, e onde nem sequer existe espaço para arquivo, não sendo plausível a conta desta situação ‘apagar’ uma parte da história do ICNF.”

O SinFAP alerta para o facto de este processo afectar diretamente os trabalhadores, dando como exemplo a difícil mobilidade dos mesmos para as novas instalações em Oeiras-Algés. O que tem levado a que muitos trabalhadores estejam a “solicitar a reforma antecipada, mobilidade para outros serviços e o teletrabalho contra a sua vontade, uma vez que o local imposto pelo Conselho Diretivo do ICNF, não é acessível para a maioria dos trabalhadores.”

Quanto ao atendimento ao público, o SinFAP também alerta que os cidadãos “se vêm privados de o fazer dado à inexistência de uma rede de transportes que é sobejamente sabido que dispunham na Avenida da República em pelo centro de Lisboa.”

O sindicato apela ao novo Governo que trave a atual mudança das instalações do ICNF para Algés, e que inicie “uma negociação séria e responsável onde os trabalhadores possam ser auscultados, com vista à recolocação na área envolvente à atual sede nacional ou à reabilitação do atual edifício, garantindo um processo democrático e participativo.”

 

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